terça-feira, 27 de setembro de 2016

Documentário The Mask You Live In

O que é ser homem para você? Ter poder e dinheiro? Transar com muitas mulheres ao longo da vida ou, então, mentir sobre isso a outros homens? Casar e ter filhos, de preferência homens? Então, ensinar a esses meninos como serem verdadeiros homens?


O  documentário The Mask You Live In que está disponivel na Netflix fala sobre essas perguntas e vai além, trazendo um panorama sobre a “crise dos meninos” nos EUA e os efeitos devastadores da dita “cultura do macho” para a sociedade. 

Por meio do relato de experiências vividas por crianças, jovens e adultos, e da análise de psicólogos, educadores e estudiosos do assunto, The Mask You Live In conta sobre a perpetuação dos modelos de comportamento e gênero, de como ensinamos nossos meninos a serem homens. “Seja um homem” é classificada por um dos entrevistados como uma das frases mais destrutivas da nossa cultura. Sobre esse contexto, o filme denuncia com intensidade a responsabilidade de pais, escolas, da indústria do entretenimento (cultura dos games, das celebridades e da música rap americana como exemplos) e do mundo dos esportes (e seus treinadores, que desde muito cedo, doutrinam meninos à competitividade, violência e repressão de qualquer manifestação de fragilidade). 


Ensina-se já nos primeiros 6 anos de vida, fase em que especialistas apontam como a que mais determina o adulto que seremos, como se deve neutralizar emoções e hierarquizar qualquer tipo de relação pelo domínio e subjugação do outro. Logo no início do filme, isso é exemplificado por um dos educadores entrevistados com a seguinte situação: 


Entre em qualquer playground dos EUA, onde crianças brincam alegremente. Pergunte a elas ‘Quem é a mulherzinha aqui?’, e dois meninos vão começar a se apontar, ou todos apontarão um único menino, que acabará brigando com todos ou então voltará para a casa chorando.” 



Esse comportamento acaba se perpetuando em uma cultura que estimula insegurança sobre a masculinidade, fazendo com que esta tenha que ser provada o tempo todo. Uma cultura que cria, geração após geração, homens que odeiam mulheres. 
Homens que, plenamente convictos do que estão fazendo, matam 50 pessoas em uma boate gay. Isso liga o filme, de uma certa maneira, a outro documentário, She’s Beautiful When She’s Angry, que aborda a necessária luta feminista diante dessa cultura que estimula e molda inimigos.

Uma série de casos de bullying, trotes violentos, estupros e assassinatos em massa são citados ao longo do documentário como consequências do que se instituiu ser homem na América. 
Alcoolismo e abuso de outras drogas são quase institucionalizados como comportamento. O altíssimo índice de tentativas e de suicídios consumados é outro triste dado revelado por The Mask. Meninos que não se encaixam, que sofrem abusos e que são educados para não falar sobre isso acabam interrompendo suas vidas ainda na adolescência. 


Mesmo diante de um cenário devastador, conclui-se The Mask You Live In com olhar otimista, apresentando uma série de iniciativas e projetos de educadores que estão combatendo esse aspecto cultural tão enraizado, estimulando diálogo, compartilhamento de experiências e a livre expressão entre homens, desde quando crianças até a idade adulta. 





O filme também cobra a responsabilidade de cada um de nós em expandir o que é ser homem, tanto para nós mesmos, quanto para os meninos que estamos criando. Não agir sobre isso e, ainda por cima, minimizar a dor do outro, nos torna, de alguma forma, cúmplices de massacres como os de Orlando, e dos abusos, estupros e suicídios de cada dia.







segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Preconceito, racismo e discriminação no contexto escolar


Existe muito preconceito, racismo e discriminação no contexto escolar e este é um grande problema de todos nós.Vamos esclarecer um pouco sobre cada conceito


Por FLÁVIA CUNHA LIMA (Professora Formadora da Diversidade) CEFAPRO – Barra do Garças




Preconceito


  • Preconceito é uma opinião que formamos das pessoas antes de conhecê-las.É um julgamento apressado e superficial e muito perigoso, pois ao invés de melhorar a nossa vida e da sociedade, acaba trazendo muitas situações complicadas e até mesmo violentas.



Racismo

  • As pessoas que não conseguem deixar de ser preconceituosas podem vir a se tornar racistas. Um racista acredita que existe raças superiores às outras, o que é grande tolice, pois na espécie humana, não podemos dizer que existam raças; a cor da pele, a forma do nariz, o tipo do cabelo, o tipo do sangue, o formato e cor dos olhos, a espessura dos lábios, não são suficientes para estabelecer diferentes tipos de raças entre os seres humanos, que biologicamente são iguais em quase tudo , restando pequenas diferenças externas pouco importantes e que não servem para fazer com que uns sejam superiores ou inferiores aos outros e vice versa.





Discriminação

  • A pessoa que faz isso, geralmente, quer valorizar a si próprio e diminuir os demais mesmo “de brincadeira”.É insegura porque não tem capacidade de conviver com os outros e aceitar as diferenças naturais entre os seres humanos. Os preconceituosos e racistas têm dificuldades em aceitar e conviver com a diferença e. às vezes, suas atitudes chegam ao delírio e como são medrosos e inseguros, projetam sobre os outros que são inferiores a eles e que não podem ter os mesmos direitos – quando os racistas e preconceituosos agem dessa maneira estão tratando os que eles julgam como inferiores a ele de maneira discriminatória.DISCRIMINAÇÃO É PORTANTO TRATAR OS OUTOS COM INFERIORIDADE, SE JULGANDO SUPERIOR.


Considerações Final

  • O mundo já é cheio de problemas embora hajam muitos recursos para resolver tudo: como a tecnologia ,informática, etc. Para que todos vivamos melhor e seguros, sem precisarmos desconfiar dos outros ou de viver competindo contra tudo e contra todos, deveríamos construir a sociedade dos nossos sonhos, justiça, liberdade, igualdade para todos. Quando o ser humano vive bem surge o melhor que ele tem e pode oferecer: ciência, arte, filosofia, cultura, lazer, prazer e felicidade de nível elevado.Se nós combatermos o preconceito, racismo e discriminação estaremos dando um grande passo para a melhoria do mundo,de nós mesmos e dos demais, que são apenas nossa imagem e semelhança.


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segunda-feira, 13 de junho de 2016

INVOCAÇÃO DO MAL 2 – A VERDADEIRA HISTÓRIA DO FANTASMA DE ENFIELD

O Fantasma de Enfield


Objetos pegando fogo ou levitando, ruídos e batidas sem explicação e a possessão de uma criança, que entre outras coisas levitava até o teto. Conheça O Fantasma de Enfield.

A Senhora Peggy Harper e seus quatro filhos moravam em uma casa na localidade de Enfield, Londres-Inglaterra, quando, entre agosto de 1977 e setembro de 1978, coisas estranhas começaram a acontecer.



Objetos pegavam fogo pela casa ou então voavam (uma vez, um brinquedo atravessou a sala e acertou na cabeça de um fotografo). Mas os maiores fenômenos aconteciam com Janet, a filha de 12 anos. A Garota entrava em estados de transe a muitas vezes levitava da cama, muitas vezes parando no teto. Sua voz também mudava durante o transe.


Este caso é interessante porque várias fotos foram tiradas dos fenômenos. Os pesquisadores colocavam câmeras com disparo automático pela casa e assim conseguiram diversas fotos. Com estas fotos eles procuravam provar de uma vez por todas a existência do paranormal, mas isto não foi possível.




No Brasil, o longa atraiu 199 mil espectadores e arrecadou R$ 2,7 milhões.
Para se ter uma ideia, trata-se do dobro que o primeiro filme fez em seu primeiro dia de exibição em 2013 (97,6 mil espectadores). As informações são do FilmeB.
Fonte: CinePOP




Os fãs que ficaram curiosos com o caso real em que foi baseado o terror ‘Invocação do Mal 2‘ ficarão intrigados com esse raro documentário que mostra EXATAMENTE as mesmas coisas vistas no filme.
O documentário da BBC mostra as duas irmãs sendo entrevistadas no sofá da casa em Enfield, cena replicada de maneira extremamente realista no filme.

                




O Filme de terror acompanha uma ocorrência paranormal que se passou nos anos 1970 em Enfield, Inglaterra, centrado em duas irmãs supostamente possuídas. A investigadora paranormal Lorraine afirmou que viu as jovens levitarem e até testemunhou quando uma delas se desmaterializou.A garota foi encontrada 20 minutos depois em uma grande caixa de fusíveis, com seu corpo retorcido de tal forma que não era possível reproduzir a posição.

Trailer:







sábado, 23 de abril de 2016

SEXUALIDADE: GAY, LÉSBICA, RÓTULOS e PRECONCEITO.

Até por volta de 1990, os termos sexo e gênero se confundiam.


A partir do citado período, o sexo permaneceu na ordem do biológico, enquanto o gênero passou a ser uma categoria múltipla e relacional e deixou de ser visto como diferença sexual dicotômica (feminino e masculino) que é considerada uma construção social e cultural arbitrária.
As pessoas que nasceram a partir meados de 1990/2000 (a chamada geração Z) desenvolveram-se em um meio onde não impera a padronização, mas a neutralidade de gêneros, sua diversidade e tolerância.
Atualmente existe um leque de possibilidade de gêneros. Inúmeros adolescentes e jovens não aceitam mais rótulos, se recusam a serem confinados em um padrão de sexualidade, numa única categoria.
Isto significa dizer que o tempo do sistema binário de gênero onde a heterossexualidade era obrigatória ficou ultrapassado e o gênero não mais é visto como atrelado ao sexo, à aparência ou à certidão de nascimento.
Os sufixo “a” e “o” que identificavam feminino e masculino já estão sendo paulatinamente substituídos por “x” ou “e”. Exemplo:   as palavras “amige” e “namoradx” substituindo amigo/amiga, namorado/namorada.  É possível até que seja introduzido em nossa gramática um pronome neutro além dos existentes “ele” e “ela” para abarcar as demais pluralidades de gêneros.
Hoje em dia as pessoas não dão a importância à orientação sexual dos outros como antigamente. É possível encontrar pessoas que assumem ter tido relações sexuais com pessoas de ambos os sexos.  Não sentem necessidade de se definir e se dão o direito de mudar sua preferência nesta área no decorrer da vida. Tanto que, ouve-se a expressão “estou gay” ao invés de “sou gay” de pessoas com orientação sexual não preponderante ou que tem intenção de vivenciar diferentes experiências.
Às vezes situações adversas determinam com quem a pessoa pode ter relações sexuais como penitenciária e outros ambientes onde a falta de opção é capaz de induzir indivíduos héteros a ter relações homossexuais.
Cada vez menos os pais proíbem seus filhos de ter amigos gays e  a tentativa paterna de alterarem a condição sexual dos filhos, mesmo que dela discordem, tornou-se inadmissível.
É provável que os vocábulos Bi, hetero e gay caiam em desuso com o passar do tempo, pois a preferência sexual cada dia mais está deixando de ser objeto de preocupação e curiosidade. E quando isto acontecer este texto se tornará apenas um registro histórico da evolução cultural humana

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Making a murderer - Série da Netflix se converteu em sucesso instantâneo na web.





 “Esqueça um Emmy ou um Oscar... ‘Making a murderer’ merece um prêmio Nobel. É o maior documentário que já vi”, escreveu o comediante inglês Ricky Gervais no Twitter. A estreia dos dez episódios da nova série original da Netflix vem causando sensações conflitantes na audiência. “Não. Consigo. Parar. É esmagador, mas extremamente fascinante”, completou a cantora e atriz Mandy Moore.


A intenção da Netflix parece ser mesmo causar controvérsia. Em uma estratégia pouco 
comum para a gigante do streaming, o primeiro episódio da série dirigida por Laura Ricciardi e Moira Demos foi divulgado na íntegra no YouTube




Desde 18 de dezembro, o capítulo foi visto por cerca de 300 mil pessoas. O sucesso do documentário vem sendo comparado ao de “The jinx”, na HBO, e ao do podcast “Serial”.
A série, que acompanha o desenrolar de um crime real, causou mais um abalo na já combalida reputação da polícia americana. Laura e Moira filmam a vida de Steven Avery, homem que passou 18 anos na cadeia por um crime de abuso sexual que não cometera. Depois de ser solto graças a um exame de DNA, em 11 de setembro de 2003, o americano de Manitowoc, no estado do Wisconsin, tornou-se um símbolo das injustiças do sistema penal dos EUA. Então, decidiu processar as autoridades policiais que teriam ignorado, conscientemente, provas de sua inocência.



O processo girava em torno de US$ 36 milhões e colocava em risco as carreiras de diversos agentes da lei envolvidos em sua prisão. Enquanto as investigações sobre o caso corriam, ele foi novamente preso, em 2005, e sentenciado à prisão perpétua, acusado de um homicídio que também afirma não ter cometido. O caso o forçou a desistir da ação legal e a aceitar uma indenização de US$ 400 mil para pagar os custos de sua nova defesa.

Rodada ao longo dos últimos dez anos, em ritmo de slow-journalism, a série expôs a “conspiração do silêncio” que condenou Avery injustamente em 1985. “Making a murderer” acompanha também os fatos que levaram à sua nova prisão, em 2005. Calcado em entrevistas com os parentes e advogados de Avery, o seriado também mostra os depoimentos de policiais, xerifes e detetives envolvidos no caso. Foram 500 horas de entrevistas e outras 180 de gravações de julgamentos.


As duas diretoras souberam do caso através de um artigo de jornal quando terminavam suas graduações em Cinema na Universidade de Columbia. Então, viajaram para a pequenina cidade do interior americano e fixaram residência. Com isso, passaram a documentar todos os detalhes do caso. As reviravoltas reais que sacudiram a vida de Avery desde 1985 são dignas da ficção. Como se as maquinações policiais da primeira temporada de “True detective” encontrassem as paragens geladas de “Fargo” e os mistérios da pequena cidade de “Twin Peaks”.

Conhecido por ser um garoto problemático em Manitowoc, o rapaz de 23 anos era filho de uma família de má reputação e tinha ficha policial (cometera um pequeno roubo e fora preso por maus-tratos a animais). Para completar, ele comprara briga com uma prima, esposa de um policial. Quando um caso de abuso sexual seguido de tentativa de homicídio surgiu, os agentes ignoraram algumas evidências para incriminar Avery. Ele sempre negou a autoria do crime.





Em 2005, restos mortais da fotógrafa Teresa Halbach foram encontrados na propriedade de Avery depois de oito dias de buscas. Novamente preso, ele sustenta que o caso foi uma armação para condená-lo. A estreia da série causou uma apaixonada reação na internet. 
Enquanto alguns veem parcialidade no projeto de Laura e Moira, outros acreditam em uma rede conspiratória que convergiu para a nova condenação do homem.
Um abaixo-assinado pela libertação de Avery foi criado, e os policiais envolvidos na segunda prisão sofreram uma chuva de críticas. Nesta semana, o grupo Anonymous anunciou que reuniu evidências suficientes para livrá-lo da cadeia. Como o caso está longe de chegar ao fim, Laura e Moira garantem que continuam reunindo documentos para novos capítulos da série.
“Nós conversamos com Steven e gravamos as ligações telefônicas. De certa forma, continuamos a produção”, disse Moira ao site “Mashable”.

LEIA A CRÍTICA: http://cinepop.com.br/critica-making-a-murderer-da-netflix-112065